INTRODUÇÃO
Com a finalidade de poder oferecer tratamentos mais rápidos, diminuição do número de intervenções, bem como da morbidade e do custo para os pacientes, os protocolos de tratamento em implantodontia vêm evoluindo rapidamente, possibilitando, por exemplo, cargas mais rápidas e instalação de implantes em áreas com remanescentes ósseos menos favoráveis (Papaspyridakos et al. 2014; Mangano et al. 2016).
Os procedimentos com protocolos de implantação imediata em alvéolo pós extração vêm ganhando grande popularidade (Chrcanovic et al. 2012), porém sabe-se que o preparo preciso das paredes ósseas se dá mais em região apical, enquanto o espaço coronal é preenchido principalmente pelo final da fase de cicatrização (Polizzi et al. 2000), por esse motivo, para otimizar o resultado final e evitar complicações, a realização simultânea de procedimentos de regeneração óssea se faz necessária (Cosyn et al. 2010).
O presente relato de caso tem como objetivo demonstrar a utilização do Lumina Bone Porous e Lumina PTFE em regeneração alveolar após exodontia
minimamente invasiva e instalação imediata de implante, com a finalidade de ganho ósseo por permitir a manutenção de arcabouço e repopulação seletiva de células ósseas em seu interior, bem como ganho de mucosa queratinizada pela estabilização da barreira intencionalmente exposta ao meio bucal.
Fig 1. Exame tomográfico, evidenciando o extenso defeito ósseo com comprometimento da tábua óssea vestibular
Fig 2. Aspecto Clínico Inicial
Fig 3. Incisão para sindesmotomia e retalho prévio ao descolamento
Fig 4. Exodontia, curetagem e descolamento para completa visualização do defeito
Fig 5. Raízes residuais e lesão após extração e curetagem
Fig 6. Aspecto pós exodontia e curetagem
Fig 7. Pino de paralelismo após fresagem inicial
Fig 8. Instalação do implante imediato
Fig 9. Aspecto oclusal após instalação do implante
Fig 10. Preenchimento prévio do alvéolo com Lumina-Bone Porous, granulação Large
Fig 11. Aspecto oclusal, após preenchimento
Fig 12. Afastamento para estabelecimento do nicho vestibular de inserção da barreira de d-PTFE
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Fig 13. Barreira de d-PTFE (Lumina PTFE) após recorte mapeado para adequada adaptação em toda a extensão do defeito
Fig 14. Assentamento da barreira por vestibular e complementação de enxerto ósseo com Lumina-Bone Porous
Fig 15. Assentamento da membrana de d-PTFE por lingual
Fig 16. Estabilização da membrana através de sutura
Fig 17. Vista oclusal da membrana de d-PTFE após assentamento
Fig 18. Vista oclusal da membrana de d-PTFE estabilizada por sutura e intencionalmente exposta no meio bucal
CONCLUSÃO
A utilização de barreira de d-PTFE intencionalmente exposta ao meio bucal, concomitante a enxerto xenógeno esponjoso demonstrou ser uma alternativa prática e eficaz para procedimento regenerativo simultâneo a instalação de implante em alvéolo pós-extração.
Referência Bibliográfica
– Papaspyridakos P, Chen CJ, Chuang SK, Weber HP. Implant loading protocols for edentulous patients with fixed prostheses: a systematic review and meta-analysis. Int J Oral Maxillofac Implants. 2014;29 Suppl:256-70. doi: 10.11607/jomi.2014suppl.g4.3. PubMed PMID: 24660202.
– Mangano C, Piattelli A, Mangano F, Rustichelli F, Shibli JA, Iezzi G, Giuliani A. Histological and synchrotron radiation-based computed microtomography study of 2 human-retrieved direct laser metal formed titanium implants. Implant Dent. 2013 Apr;22(2):175-81. doi: 10.1097/ID.0b013e318282817d.. PubMed PMID: 23493092.
– Chrcanovic BR, Albrektsson T, Wennerberg A. Dental implants inserted in fresh extraction sockets versus healed sites: a systematic review and meta-analysis. J Dent. 2015 Jan;43(1):16-41. doi: 10.1016/j.jdent.2014.11.007. Epub 2014 Nov 26. Review. PubMed PMID: 25433139.
– Polizzi G, Grunder U, Goené R, Hatano N, Henry P, Jackson WJ, Kawamura K, Renouard F, Rosenberg R, Triplett G, Werbitt M, Lithner B. Immediate and delayed implant placement into extraction sockets: a 5-year report. Clin Implant Dent Relat Res. 2000;2(2):93-9. PubMed PMID: 11359269.
– Cosyn J, Vandenbulcke E, Browaeys H, Van Maele G, De Bruyn H. Factors associated with failure of surface-modified implants up to four years of function. Clin Implant Dent Relat Res. 2012 Jun;14(3):347-58. doi: 10.1111/j.1708-8208.2010.00282.x. Epub 2010 May 11. PubMed PMID: 20491819.